Olá! Hoje sou eu que venho conversar convosco. Venho falar de um livro que captou a minha atenção mal olhei de relance para ele e li “Quando o Homem beijou a Lua”. Quando o Homem beijou a Lua?! Fiquei admirada e ouvi: “Pst! Pst! Anda cá. Vem dialogar comigo.” – chamou baixinho o livro. E fui. Tornei a pensar o título: “Quando o Homem beijou a Lua”. Essa é boa! O homem beijou a Lua? Oh! Como? Quando? Já ouvira dizer com frequência: “Andas com a cabeça na Lua!” ou “Estás sempre na Lua!”, mas nunca suspeitara que o Homem namorava com a Lua.
“Estás curiosa! Anda. Abre-me e já descobres.” – insistia o livro com uma expressão sedutora. E assim fiz. Abri-o e comecei a ler: “No momento em que o Homem chegou à Lua, a Lua estava a dormir profundamente, depois de ter passado várias noites agitada por estranhos pesadelos.” Pesadelos?! Nunca me passara pela cabeça que a Lua tivesse pesadelos!... Que mistério! Procurei saciar a minha curiosidade nas páginas seguintes. Passo a transcrever algumas passagens que me pareceram bastante interessantes:
“Durante milhares de anos houvera entre ambos uma espécie de longo namoro à distância, sem trocas de cartas nem de promessas de amor eterno. O Homem, porém, nunca deixou de lhe dedicar belos poemas, para que a Lua jamais pudesse imaginar que caíra no seu esquecimento.” (…)
“Por isso, quando o Homem pôs pela primeira vez os pés no solo lunar, a Lua sentiu-se, ao mesmo tempo, alegre e triste. Alegre por ver que o seu namorado de sempre ganhara finalmente coragem para a visitar, triste, por não ter sido avisada com tempo suficiente para se embelezar e poder recebê-lo.”
Oh! Que pena! O toque da campainha chamava para as aulas. Tive de fechar o livro e não tive tempo para continuar a leitura, mas estou extremamente curiosa. Por favor, podem lê-lo e contar-me o que se passou? Está à vossa espera na Biblioteca da Escola B. 2,3 de Lamego.
E eu esperarei por vós, aqui, no nosso PONTO de ENCONTRO.
Título: Quando o Homem beijou a Lua
Autor: José Jorge Letria
De facto, o Homem nunca deixou de dedicar poemas à Lua. Eu própria, um dia, também lhe dediquei umas palavrinhas. Querem lê-las? Aqui vão.
Quem quer vir comigo à Lua?
Quando eu era pequenina
Ainda menina traquina
E andava na escola
Às vezes largava a sacola
E partia para a Lua…
E lá ficava sonhando
Sentada numa cadeira
Que ela fazia p’ra mim
Mas não era de madeira
Era de prata e cetim!
Ora a minha professora
Dizia com muita razão
Já estás na Lua, Lili?
O que há-de ser de ti
Se não ouves a lição?
Acordava estremunhada
E depressa, depressinha
Abraçava esta amiguinha
E dizia-lhe a correr:
- Mais logo, venho cá ter!
E descia as escadinhas
Com os pés nas estrelinhas
Que voando ligeirinhas
Com um toque de magia:
Plim!
Me traziam ao lugar!...
Ai! Como vim aqui parar?!
Mas mal a escola acabava
Eu dava um pulo e gritava:
- Quem quer vir comigo à Lua?
Era uma festa na rua!
Pim! Pam! Pum!
Eu agora escolho um!
Um, dois, três!
Depois, vamos lá outra vez!
Lídia Valadares