Celebrou-se no passado dia 19 de Março o dia do pai. O dia da mãe há- de chegar e, tal como o do pai, a azáfama em torno da celebração será igual.
Reconhecidos como tal, o dia do pai ou da mãe não é nem deve ser apenas mais um dia ou uma mera lembrança. Não podem de forma alguma ficar-se tais dias pela mera formalidade, como pequeno reparo ao qual durante um dia se dá ou tenta dar uma atenção especial.
Devem ser (os dias) um marco constante na nossa vida, uma inesquecível marca ou talvez a outra face de nós mesmos, visto que transportamos pequenas coisas dos seres que nos ajudaram e ajudam a Ser.
Por outras palavras, somos produto do amor entre pai e mãe e, uma vez registada a patente fruto da relação entre esses dois seres maravilhosos (pai e mãe), eis-nos como prova da sua criação.
Geneticamente diferentes e ao mesmo tempo parecidos, representamos enquanto filhos a continuação do seu amor. Somos herdeiros de determinados condimentos que tornam eternas as suas vidas.
Como tal, celebrar o dia do pai ou da mãe é um exercício de todos os dias, pois pai e mãe existem todos os dias do ano e durante uma vida inteira. Mesmo nos casos em que a sua presença física já não seja possível, o registo por eles deixados (os filhos) são o motivo mais que suficiente para uma celebração ainda maior, talvez porque longe da vista, mas pertíssimo do coração.
Embora considere importante haver um dia dedicado ao pai ou à mãe, não deve tal dedicação ficar-se apenas só por um dia, antes, todos os dias da vida, da deles e da nossa.
Apesar do calendário contemplar um dia especial para o pai e para a mãe, se não tivermos em conta que todos os dias são especiais, então, de nada nos serve apenas um só dia. Isto porque um só dia é muito pouco, pouquíssimo, para quem vale muito mais…
A não esquecer: todos os dias são dias dos pais…
Jorge Almeida