Aqui é o ponto de encontro de todos os que gostam de ler, de falar de livros, de ilustrar as passagens preferidas, de partilhar leituras…
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Neste espaço, podemos partilhar com os outros as nossas opiniões sobre livros/textos que apreciamos, leituras que adoramos e, também, conhecer novos livros interessantes. Leste um livro interessante? Então, fala-nos um pouco dele. Vem até aqui, ao nosso PONTO de ENCONTRO, um espaço que gostaríamos que fosse verdadeiramente NOSSO, de toda a Comunidade Educativa.
“Ler é sonhar pela mão de outrem.” Fernando Pessoa
publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Sexta-feira, 21 Outubro , 2011, 11:52

     Numa terra muito distante e num tempo muito remoto… havia um rei muito sábio, humano e preocupado com o seu reino. Esse rei tinha dois filhos, uma princesa e um príncipe. A princesa era bonita, honesta, sensata, simples, atenta e solidária para com os outros. Seu irmão, o natural sucessor do rei, era egocêntrico, oportunista, maldoso, materialista, ganancioso e prepotente.

     O rei, que estimava o seu povo e conhecia bem o seu filho, não tinha muita vontade que este ocupasse o seu lugar, pois duvidava das suas qualidades como governante. Depois de muito pensar sobre o assunto, decidiu pôr os seus filhos à prova.

     - Meus filhos, resolvi fazer um concurso para decidir qual de vós será o meu sucessor. Dou-vos um ano para a tarefa que vos proponho. Quem encontrar um diamante que considere capaz de alegrar a minha vida ficará com o trono.

     O príncipe, revoltado com a atitude do pai, percorreu montes e vales, escolheu cuidadosamente uma pedra soberba e dirigiu-se à bruxa do reino.

     - Será que o teu enorme poder conseguirá transformar esta pedra num magnífico diamante? – perguntou em tom propositadamente provocador.

     - Por quem me julga o príncipe para fazer tal pergunta? É claro que consigo! – respondeu peremptoriamente a bruxa, que não gostou de ver os seus poderes postos em causa.

     E, assim, a bruxa, com os seus feitiços, satisfez o pedido do príncipe.

     - Mas deve ter muito cuidado, pois, se não for proclamado rei, transformar-se-á num sapo! – avisou a bruxa em tom ameaçador.

     A princesa, que não estava obcecada por governar, pois não se deixava seduzir pelo poder, por honrarias e mordomias, e apreciava mais as pessoas e as coisas simples, foi passear pelas terras do reino, observando atentamente tudo o que a rodeava. Pelos caminhos, encontrou um pastor bem parecido que, enquanto guardava o seu rebanho, tocava uma bela melodia com a flauta. A princesa adorou aquela música que exprimia harmonia, paz, serenidade, alegria e ficou parada a apreciar, deliciada, a melodia e o seu intérprete. O pastor, sentindo-se observado, parou de tocar e, descobrindo a presença da princesa, levantou-se e cumprimentou-a surpreendido e intimidado.

     - Bom dia, princesa! Peço desculpa, não vos tinha visto. - justificou-se o pastor.

     - Bom dia! Não vos desculpeis, eu estava maravilhada a ouvir-vos – retorquiu a princesa com um doce sorriso.

     Sentaram-se ambos numa pedra que não tinha pretensões a diamante e ali conversaram durante muito tempo.

     Os encontros repetiram-se e as conversas também. A princesa foi conhecendo a vida, as preocupações, as necessidades da gente do seu povo. Com o passar do tempo, desenvolveram-se, entre ela e o jovem a quem tanto admirava, fortes sentimentos. Estavam verdadeiramente apaixonados e queriam casar-se.

     No dia em que os irmãos se foram apresentar ao rei, o príncipe, confiante e altivo, colocou diante do pai um deslumbrante diamante. A princesa, na sua singeleza, comunicou ao soberano que não tinha nenhum diamante. Em vez disse, rogou-lhe permissão para casar com um rapaz humilde, mas trabalhador e com um carácter tão nobre que, para ela, era muito mais valioso do que qualquer pedra preciosa, muito mais importante do que o poder do trono.

     O rei comunicou a sua decisão, a princesa seria a sua sucessora, pois o diamante a que o pai se referia era a pureza, a transparência, a nobreza de carácter capaz de trazer a felicidade a um povo.

Ana Filipa G. Lopes, 8º 2



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“O prazer de ler e de escrever não é um acto solitário, é uma forma de entrar em relação com o outro, de partilhar uma paixão.” Cláudia Freitas, Leituras Cruzadas
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