Aqui é o ponto de encontro de todos os que gostam de ler, de falar de livros, de ilustrar as passagens preferidas, de partilhar leituras…
Vamos conversar?
Neste espaço, podemos partilhar com os outros as nossas opiniões sobre livros/textos que apreciamos, leituras que adoramos e, também, conhecer novos livros interessantes. Leste um livro interessante? Então, fala-nos um pouco dele. Vem até aqui, ao nosso PONTO de ENCONTRO, um espaço que gostaríamos que fosse verdadeiramente NOSSO, de toda a Comunidade Educativa.
“Ler é sonhar pela mão de outrem.” Fernando Pessoa
publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Segunda-feira, 31 Outubro , 2011, 23:47

 

 

“Para Nietzsche, a música é “palavra de verdade”; para Freud, “texto a decifrar” (Smedt, 2006, Elogio do Silêncio)

 

 

O Coro Infantil de Lamego teve, na noite do dia 22 de Outubro, uma “prova de fogo”. Convidado pela cantora Yolanda Soares, participou no espectáculo “Metamorphosis” que a cantora trouxe a Lamego, ao Teatro Ribeiro Conceição, no encerramento da tournée que passou por sete salas de espectáculo portuguesas. Chamados a fazer o coro do difícil tema “Keni Inderó”, os pequenos cantores estiveram à altura da espectacularidade do concerto, mostrando-se verdadeiros “profissionais” num mundo de enorme profissionalismo. Vestidos de branco cantaram e encantaram o público presente no TRC, mostrando que, depois do lançamento do seu primeiro CD, “Sape Gato!”, estão preparados para dar seguimento a este projecto que, há um ano, a Academia de Música de Lamego apadrinhou. No final, os elogios que a cantora distribuiu durante a sessão de autógrafos foram a confirmação da qualidade e da dedicação que o coro colocou nesta sua participação no mundo da música profissional.

     Este projecto vai ter, nos próximos dias 29 de Outubro e 5 de Novembro, uma nova fase: a realização de castings para escolher novos elementos para o Coro. Assim, as crianças e os jovens que gostam de cantar e têm entre 8 e 14 anos, podem inscrever-se na Academia de Música de Lamego e, num dos dois sábados indicados, cantar duas das canções incluídas no álbum “Sape Gato!”. Os castings vão ter lugar na E. B. 2, 3 de Lamego, na Rua de Fafel, a partir das 11 horas e o CD pode ser adquirido na própria Academia no acto de inscrição. Fica o convite!

 AG

 

 

Quem assistiu a este espectáculo, pôde ler um magnífico texto, sem dúvida!

 

Ao Coro Infantil de Lamego, o “Ponto de Encontro” dá os parabéns pela sua fantástica actuação e manifesta o seu orgulho pelo facto de gente tão “pequena” da nossa terra conseguir ser tão “grande” em palco e contribuir para momentos de rara beleza artística e inegável valor cultural.

 

Aguardamos os próximos trabalhos, os próximos sucessos…

Até breve!

publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Sábado, 29 Outubro , 2011, 20:17

Da autoria de Scott Westerfeld, da editora Vogais & Companhia e da colecção “Uglies”, a acção do livro “Imperfeitos” ocorre num futuro não tão distante quanto isso, onde existem dois mundos totalmente diferentes. Um desses mundos é o mundo Perfeito, onde não há pobreza, nem guerras, nem fome e onde os jovens, quando completam os 16 anos, se tornam belos, perfeitos, contudo idênticos, pois as transformações adequam-se a determinados padrões. No outro mundo, chamado “Fumo”, vivem os imperfeitos, que não concordam com as mudanças físicas das pessoas, aceitando-se tal como são.

Tally vive no mundo perfeito, tem apenas 15 anos e o seu maior sonho é ter uma aparência de supermodelo… Conhece Shay e tornam-se grandes amigas, apesar das diferenças entre elas. Shay não concorda com a mudança aos 16 anos, apesar de     Tally estar sempre a insistir que vai ser fantástico.

Quando falta uma semana para se tornarem perfeitas, Shay confessa a Tally, em absoluto segredo, que irá fugir para o “Fumo”.

No dia em que iria ocorrer a transformação de Tally, as Operações Especiais informam-na que, enquanto não revelar onde se encontra a amiga, não poderá tornar-se perfeita.

É então obrigada a fazer a pior escolha possível: encontrar a amiga e traí-la ou perder para sempre a possibilidade de se tornar perfeita. Que decisão irá ela tomar?...

Esta parte foi a mais emocionante para mim, pois tem a ver com a vida real, criou eco em mim… Quantas vezes, na nossa vida, temos de tomar decisões difíceis, dolorosas, que nos obrigam a optar entre duas coisas, duas pessoas, duas situações muito estimadas, com muito valor para nós?... Contudo, temos de escolher!

Este livro também nos faz reflectir sobre a influência que a sociedade exerce em nós, estipulando os modelos de perfeição, de beleza, de elegância que nós vamos seguindo ora de uma forma mais rigorosa, ora de uma maneira mais ligeira. Faz-nos pensar se não somos um pouco escravos desses modelos… Mais uma vez, temos oportunidade de optar: procurar seguir cegamente esses modelos ou não. E não será a sociedade castigadora para com os “imperfeitos”? A cada passo, somos obrigados a parar para reflectir.

É um livro extraordinário onde nós vamos reconhecendo pedacinhos da nossa vida e, também, muito interessante, pois a imaginação é imensa.

Encontrei este livro entre centenas deles e foi o título que me suscitou interesse. “Imperfeitos, mas que título mais original!”-pensei eu. Nem perdi tempo, li a sinopse, fiquei fascinada e adquiri-o de imediato. Leiam-no também!


Catarina Ferreira Rebelo, 8º 2


publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Sexta-feira, 21 Outubro , 2011, 11:52

     Numa terra muito distante e num tempo muito remoto… havia um rei muito sábio, humano e preocupado com o seu reino. Esse rei tinha dois filhos, uma princesa e um príncipe. A princesa era bonita, honesta, sensata, simples, atenta e solidária para com os outros. Seu irmão, o natural sucessor do rei, era egocêntrico, oportunista, maldoso, materialista, ganancioso e prepotente.

     O rei, que estimava o seu povo e conhecia bem o seu filho, não tinha muita vontade que este ocupasse o seu lugar, pois duvidava das suas qualidades como governante. Depois de muito pensar sobre o assunto, decidiu pôr os seus filhos à prova.

     - Meus filhos, resolvi fazer um concurso para decidir qual de vós será o meu sucessor. Dou-vos um ano para a tarefa que vos proponho. Quem encontrar um diamante que considere capaz de alegrar a minha vida ficará com o trono.

     O príncipe, revoltado com a atitude do pai, percorreu montes e vales, escolheu cuidadosamente uma pedra soberba e dirigiu-se à bruxa do reino.

     - Será que o teu enorme poder conseguirá transformar esta pedra num magnífico diamante? – perguntou em tom propositadamente provocador.

     - Por quem me julga o príncipe para fazer tal pergunta? É claro que consigo! – respondeu peremptoriamente a bruxa, que não gostou de ver os seus poderes postos em causa.

     E, assim, a bruxa, com os seus feitiços, satisfez o pedido do príncipe.

     - Mas deve ter muito cuidado, pois, se não for proclamado rei, transformar-se-á num sapo! – avisou a bruxa em tom ameaçador.

     A princesa, que não estava obcecada por governar, pois não se deixava seduzir pelo poder, por honrarias e mordomias, e apreciava mais as pessoas e as coisas simples, foi passear pelas terras do reino, observando atentamente tudo o que a rodeava. Pelos caminhos, encontrou um pastor bem parecido que, enquanto guardava o seu rebanho, tocava uma bela melodia com a flauta. A princesa adorou aquela música que exprimia harmonia, paz, serenidade, alegria e ficou parada a apreciar, deliciada, a melodia e o seu intérprete. O pastor, sentindo-se observado, parou de tocar e, descobrindo a presença da princesa, levantou-se e cumprimentou-a surpreendido e intimidado.

     - Bom dia, princesa! Peço desculpa, não vos tinha visto. - justificou-se o pastor.

     - Bom dia! Não vos desculpeis, eu estava maravilhada a ouvir-vos – retorquiu a princesa com um doce sorriso.

     Sentaram-se ambos numa pedra que não tinha pretensões a diamante e ali conversaram durante muito tempo.

     Os encontros repetiram-se e as conversas também. A princesa foi conhecendo a vida, as preocupações, as necessidades da gente do seu povo. Com o passar do tempo, desenvolveram-se, entre ela e o jovem a quem tanto admirava, fortes sentimentos. Estavam verdadeiramente apaixonados e queriam casar-se.

     No dia em que os irmãos se foram apresentar ao rei, o príncipe, confiante e altivo, colocou diante do pai um deslumbrante diamante. A princesa, na sua singeleza, comunicou ao soberano que não tinha nenhum diamante. Em vez disse, rogou-lhe permissão para casar com um rapaz humilde, mas trabalhador e com um carácter tão nobre que, para ela, era muito mais valioso do que qualquer pedra preciosa, muito mais importante do que o poder do trono.

     O rei comunicou a sua decisão, a princesa seria a sua sucessora, pois o diamante a que o pai se referia era a pureza, a transparência, a nobreza de carácter capaz de trazer a felicidade a um povo.

Ana Filipa G. Lopes, 8º 2



publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Terça-feira, 11 Outubro , 2011, 16:17

Podia explicar-te o que sinto

Podia mostrar-te o quanto te amo

Podia dizer-te que quando estou triste

É por ti que eu chamo.

 

Podia deixar de comer

Podia deixar de beber

Podia até deixar por ti de viver.

 

Podia chorar e chorar

Até em lágrimas me afogar

Podia até te amar

Até a vida acabar.

 

Podia abraçar-te

Podia beijar-te

Podia até fazer o impossível

Deixar de te amar.

 

Mas hoje, passado um tempo,

Já não sinto o que sentia

E agora posso dizer

“Adeus, até um dia!”

 

Mariana Filipa Silva Oliveira Coelho


publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Terça-feira, 04 Outubro , 2011, 23:53

Costuma-se dizer que é nos maus momentos que se conhecem os verdadeiros amigos.

     Esta afirmação, instituída não sei por quem, mas tida como uma frase feita e de pronto uso, tem vindo a ser validada pelas sucessivas manifestações de uma amizade substancialmente aparente, tão aparente que ainda os maus momentos vêm longe, já as portas da amizade se vão cerrando. Devagarinho para não dar nas vistas…

     Isto das amizades ou das supostas amizades tem que se lhe diga. A começar pelas causas para o relacionamento e acabando nos interesses, a que se pode dar o nome de consequências.

     Efectivamente, as relações entre duas pessoas ou mais, têm de ter à partida um conjunto de características que as leva, a todas elas, a considerarem-se amigas. Umas mais amigas do que outras, ou, fazem mais fé na amizade e levam-na a sério. Tudo depende por isso da conexão de sentimentos, de pequenas coisas que aproximam muito mais do que afastam.

     O termo amizade é por si só um termo característico da afeição, da partilha de sentimentos, da união, em suma, amizade é muito mais que um mero conhecimento ou partilha de certos pontos de vista. Tem de ser muito mais que isso, senão, lá vêm os ditos maus momentos e… era uma vez uma amizade.

     Porém, ainda bem que os maus momentos aparecem, quanto mais não seja para verificar as amizades, porque segundo Confúcio “Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.”

     Embora este pensamento não deixe de ter razão, talvez hoje, o importante seja mesmo a quantidade. Mas, por mais “muitos que sejam” se não forem consistentes nessas amizades, o papel desempenhado nessas amizades depressa se dilui nos primeiros dias de “tempestade”, porque a quantidade apenas sobrevive aos dias de sol, protegidos pelo conforto do seu próprio interesse…

     Ao contrário dos amigos da quantidade, os da qualidade permanecem sólidos, porque baseados fora do proveito próprio, “alimentam-se” da força recíproca, do bem comum, porque um amigo de qualidade é verdadeiramente um AMIGO. Não é apenas um conhecido, mas sim um irmão, um apoio, um porto de abrigo. Destes assim há poucos, mas, são os que duram uma vida inteira.

     Numa época propícia a amigos de quantidade, a valorização dos da qualidade deve prevalecer e não deve preocupar-nos muito quantos amigos temos. Devemos, isso sim, valorizar os poucos que temos, porque esses são os verdadeiros, os qualificados para o cargo.

    Albert Einstein escreveu “Pode ser que um dia nos afastemos… Mas, se formos amigos de verdade, a amizade nos reaproximará.”

     Concordo em absoluto…

 

Jorge Almeida

 


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“O prazer de ler e de escrever não é um acto solitário, é uma forma de entrar em relação com o outro, de partilhar uma paixão.” Cláudia Freitas, Leituras Cruzadas
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