publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Sexta-feira, 18 Março , 2011, 23:45
É possível que se interroguem sobre a razão que poderá levar um jovem estudante a escrever sobre a Lua. Na verdade, seduz-me a liberdade que a Lua tem. E, para além de ser o astro que nos acompanha durante a noite e que é apreciado por muitas pessoas e vários cientistas, é também um astro com uma beleza única.
A Lua é livre de viajar pelo mundo, é livre de sonhar com a noite, com as estrelas. Livre, até mesmo, de ver a paisagem em silêncio, sem que ninguém a chame para fazer isto ou aquilo. É observada por muitas pessoas todas as noites e fascina-as com o seu aspecto pálido, mas brilhante. Tal como ela, gostaria de ser livre de viajar para onde quero sem ter de pedir dinheiro nem autorização aos meus pais. Gostaria de ser brilhante como uma pedra preciosa e que todos parassem, um dia que fosse, um minuto apenas, para me apreciarem e me elogiarem. Sim, elogiarem a minha beleza, o meu significado, a minha importância neste mundo.
Por outro lado, a Lua é também procurada por pessoas para desabafarem os seus problemas e angústias. Adolescentes perdidos na noite falam, gritam, discutem com ela e ela compreende-os. Seria bom que, um dia, alguém me procurasse para desabafar, falar sobre os seus sentimentos, problemas, amores, desilusões, experiências…
Mas a Lua também tem amigos honestos, presentes, que a ouvem quando ela precisa. Seria bom ter amigos como as estrelas, suas confidentes, que nos acalmassem e aliviassem o nosso sofrimento.
E quantas vezes a Lua é a companhia dos sem-abrigo, dos mais necessitados, que não têm nada nem ninguém! Companheira constante ilumina a noite dos desprotegidos. Sempre zelosa, terna e atenta!
E é assim a Lua: livre, bela, luminosa, inacessível, generosa, atenta, confidente, misteriosa, companheira… E eu invejo-a.
Leandro Fonseca, 7º2