Aqui é o ponto de encontro de todos os que gostam de ler, de falar de livros, de ilustrar as passagens preferidas, de partilhar leituras…
Vamos conversar?
Neste espaço, podemos partilhar com os outros as nossas opiniões sobre livros/textos que apreciamos, leituras que adoramos e, também, conhecer novos livros interessantes. Leste um livro interessante? Então, fala-nos um pouco dele. Vem até aqui, ao nosso PONTO de ENCONTRO, um espaço que gostaríamos que fosse verdadeiramente NOSSO, de toda a Comunidade Educativa.
“Ler é sonhar pela mão de outrem.” Fernando Pessoa
publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Domingo, 28 Novembro , 2010, 21:54

     Eu gostei de ler o livro “Azul Mar”, de Cathy Cassidy, porque se baseia numa história que pode ser real, tem acção, tristezas, alegrias e curiosidades.

     Já não é a primeira vez que leio um livro desta autora e acho-os a todos muito interessantes.

     A história trata de uma menina chamada Mar, que vivia com a mãe, o padrasto e a meia-irmã, chamada Luz. A mãe andava sempre cheia de nódoas negras e justificava-as dizendo que tropeçava nos brinquedos da Luz, mas Mar não acreditava, pois ouvia todas as noites o padrasto e a mãe discutirem um com o outro.

     Certo dia, depois de Marta ter acordado para ir para a escola, reparou que a mãe ainda não se tinha levantado, por isso tratou de si sozinha. Quando ia a sair, apareceu a mãe e disse-lhe que esperasse na escola, pois iria buscá-la. E assim foi. Demorou bastante tempo a chegar, mas, finalmente, apareceu e levou-a para um lugar que ela não conhecia, a ela e à Luz. Depois de muito caminharem, chegaram à sua nova casa, um prédio velho que pertencia a uma senhora mal-humorada…

     O que aconteceu a seguir? Poderão descobrir se lerem o livro.

     Leiam-no, por favor, e apareçam para contar o final!

 

Maria Carolina C. Rodrigues, 7º3


publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Terça-feira, 23 Novembro , 2010, 17:02

    Foi apresentado, no Cantinho da Leitura, o livro “A Grande Árvore”, de Susanna Tamaro - uma história repleta de muita aventura e com um final impensável, mas, como às vezes os milagres acontecem, talvez por isso mesmo este final seja um milagre.

     Conta a história que um esquilo chamado Crik vivia numa bonita árvore, na floresta. Um dia, quando acordou, para seu espanto, viu-se na praça de São Pedro, em Roma, e a árvore, a sua casa, estava no meio da praça a fazer de árvore de Natal.

Foi então que apareceu uma ave emproada, um pombo, que lhe disse para ir até às figuras que estavam numa pequena cabana, o presépio. Quando a praça estava vazia, ele foi lá e pediu para regressar ao seu habitat, mas ninguém lhe respondeu.

     Voltou para a árvore e, aborrecido, disse ao pombo que ninguém lhe tinha respondido.

     O pombo informou-o que eram figuras e não falavam. Depois, apresentou uma grande ideia ao esquilo, dizendo-lho para ir falar ao papa. E o esquilo lá foi, mas primeiro arquitectaram um plano.

     Na manhã de 25 de Dezembro, às dez e meia, o pombo apresentou-se à porta da toca do coelho e disse laconicamente que era dia de Natal e estava na hora de pôr em prática o plano.

     Crik comeu a última noz. Ia ser um dia cansativo e tinha de estar em forma. Depois, atravessou vários desafios até chegar ao papa e entrar no seu “chapéu”. Uma vez lá dentro, movimentou-se tanto que acabou por deitar o chapéu do papa ao chão e… todas as câmaras de televisão filmaram um esquilo em cima da cabeça do papa! Crik, então, começou a falar com o papa e este entendia-o muito bem, talvez o papa falasse “esquilês”…

     O papa satisfez a vontade do esquilo e pediu aos homens para colocarem de novo a árvore na floresta. Assim foi.

     Crik voltou ao seu habitat juntamente com a grande árvore, a sua casa de sempre e também sua amiga.

     E estes dois amigos voltaram a ser felizes…

     E eu também me senti muito feliz, porque quem contou esta história no nosso “Cantinho”foi o meu pai e eu adorei ouvi-lo!

 

Manuel Augusto Almeida


publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Domingo, 07 Novembro , 2010, 22:23

 

Podia muito bem ser o título de uma prece de um qualquer devoto ou simplesmente uma coisa iluminada, da qual pudesse brotar toda a luz para cobrir a escuridão ou ainda, de onde pudesse sair uma luz capaz de encandear a miséria que mina toda e qualquer forma de vida, escarnecida pela obstinada inépcia dos inadaptados providentes. É certo que há por aí “estrelas” cuja luz não chega para se iluminarem a si mesmas, quanto mais aos outros… mesmo assim, varrem tudo, tudo mesmo, porque não suportam a ideia de serem meras coisas de cor escura ou pior ainda, de já não serem nada, muito menos estrelas. Podia adiantar mais coisas sobre essas “estrelas”, mas, a estrela causadora desta crónica é outra e com pontos de interesse (para quem gosta da leitura e dos livros) bem mais importantes do que estas, que não sendo as fazem ser, mas, pelas piores razões. Esta estrela tem luz própria e o seu brilho natural não se apaga nem esmorece aos pés da escuridão, antes pelo contrário, elimina-a e torna claro os caminhos de quem de noite precisa de seguir caminho. Esta estrela é-nos apresentada pelo seu autor, Vergílio Ferreira, como “a estrela mais gira do céu, muito viva…”. Por ser tão bela, vai estimular na personagem principal desta história, Pedro, a tentação de a tirar lá do céu e levá-la para casa. Se depressa o pensou, mais depressa o fez. Dirigiu-se à igreja, subiu à torre e ainda mais acima à bola de ferro que existia na torre e já empoleirado num galo com os quatro pontos cardeais e “… enroscando as pernas no varão, tinha agora os braços livres…”. Agarrou a estrela e trouxe-a para casa. Convém dizer que no “lugar da estrela ficou um buraco escuro”, mas, Pedro radiante com a estrela não deu por isso. No dia seguinte, mal acordou, olhou para a estrela, mas desta saía apenas uma pequena luz, estaria doente? Perdera a luz? Perguntas para as quais encontrou as respostas à noite, quando ela voltou a brilhar como antes… Porém, o seu segredo foi descoberto, primeiro pela mãe, depois por um velho, muito velho que embora não soubesse quem tinha ´”roubado” a estrela, sabia apenas que no céu faltava alguma coisa, faltava uma luzinha que brilhava mais do que as outras. Com o alerta do “roubo” da estrela, gera-se na aldeia uma grande confusão, até que descoberta a estrela e o autor do “roubo”, impunha-se a reposição da mesma ao seu lugar. Quem vai? A resposta veio da boca do pai de Pedro, que se foi ele que a tirou, havia de ser ele a colocá-la no sítio. Assim, do mesmo modo que a tirou, Pedro voltou a devolvê-la ao céu, ao seu lugar. O fim desta história não nos reserva um final feliz do ponto de vista concreto, pois a personagem principal morre ao cair da torre quando descia. Porém, do ponto de vista da interpretação, a existência deixa de ser terrena, corporal para passar a ser espiritual, pois quero crer que Pedro se transformou naquela estrela que brilha no céu, pois ela (estrela) “ainda lá está, toda a gente a conhece”. Esta é a minha interpretação, o meu final feliz para esta história.

Jorge Almeida


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“O prazer de ler e de escrever não é um acto solitário, é uma forma de entrar em relação com o outro, de partilhar uma paixão.” Cláudia Freitas, Leituras Cruzadas
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