Aqui é o ponto de encontro de todos os que gostam de ler, de falar de livros, de ilustrar as passagens preferidas, de partilhar leituras…
Vamos conversar?
Neste espaço, podemos partilhar com os outros as nossas opiniões sobre livros/textos que apreciamos, leituras que adoramos e, também, conhecer novos livros interessantes. Leste um livro interessante? Então, fala-nos um pouco dele. Vem até aqui, ao nosso PONTO de ENCONTRO, um espaço que gostaríamos que fosse verdadeiramente NOSSO, de toda a Comunidade Educativa.
“Ler é sonhar pela mão de outrem.” Fernando Pessoa
publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Segunda-feira, 24 Maio , 2010, 21:41

 

 

 

 

 

No Cantinho da Leitura, lemos algumas histórias do livro "VEM AÍ O ZÉ DAS MOSCAS E OUTRAS HISTÓRIAS" de António Torrado e gostámos especialmente de uma - "Maria Rosa e os sete veados barbudos". E aqui estamos, no nosso "PONTO de ENCONTRO" para falare um pouco dewssa história. Experimentem lê-la. Vão adorar!

 

 

Esta história é muito interessante, porque fala de sete irmãos que, a certa altura, decidiram deixar crescer as suas barbas. Deram o nome ao grupo de “Os Sete Irmãos Barbudos”.

Mais tarde, a mãe destes informou-os que iria ter outro filho. Os sete ficaram muito felizes, pois pensavam que iriam ter mais um irmão e, assim, seriam “Os Oito Irmãos Barbudos”. Mas, para seu desgosto, tiveram uma irmã.Todos ficaram desgostosos, excepto o mais novo, Leonel, que estava radiante por ter uma irmã.

Os pais passaram a dar mais atenção à pequena Maria Rosa, assim se chamava a menina. Então, os irmãos, cheios de ciúmes, resolveram sair de casa.

Mais tarde, os pais morreram e Maria Rosa resolveu procurar os irmãos. Percorreu muitos locais, até que, a certa altura, já muito cansada, encontrou uma casa abandonada e instalou-se. Nessa casa, estavam os sete irmãos que, quando chegaram e depois da menina se apresentar, fizeram dela escrava, excepto Leonel, que queria saber notícias dos pais.

Maria Rosa passou a ser escrava dos irmãos e havia uma recomendação que eles lhe faziam: nunca ir buscar água à fonte da mina, pois estava enfeitiçada para o mal. Contudo, um dia, com pressa, Maria Rosa foi buscar água à fonte da mina e, quando começou a lavar os pés dos irmãos, estes transformaram-se em veados. Passaram a ser “Os Sete Veados Barbudos”.

Entretanto, Maria Rosa apaixonou-se pelo príncipe.

Mais tarde, os veados saltaram uma fogueira e regressaram ao seu estado natural: os sete irmãos barbudos.

Pouco tempo depois, Maria Rosa casou com o príncipe. E viveram muito felizes...

 

 

 

Raquel Choça,5º2

Rui Santos, 5º2

Ana Ribeiro, 5º 2           

Gonçalo Vieira, 5º 2


publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Quinta-feira, 20 Maio , 2010, 16:01

Este livro fala de um livro que tinha como maior desejo ser lido.

Estava na prateleira acima dos dicionários, que lhe ensinaram várias palavras em quatro línguas diferentes. A sua grande amiga era uma antiga máquina de escrever, que viera das mãos de um jornalista. Esta máquina fora substituída pelo computador. Quem, em tempos, quando era pequena, gostava muito da máquina era Mariana, filha dos donos da casa. Esta tinha como objectivo de profissão ser escritora. Quando era pequena, contava-lhe muitos segredos. Mas, também ela a abandonou, habituando-se ao computador.

Um dia, o irmão de Mariana foi mostrar a máquina a um antiquário, que acabou por comprá-la, ficando o livro sozinho. Dias depois, morreu o tio Luís. O livro, então, lembrou-se que ele tinha sido o seu dono. O tio Luís tinha um cofre com uma herança, mas que tinha código, código esse que ele escondera num livro do qual gostava muito.

O livro lembrou-se que tinham posto, entre as suas folhas, um papel. Então, atirou-se ao chão …

E só mais tarde é que alguém tropeçou nele e encontrou o código escondido nas suas páginas.

Tempos depois, as pessoas da casa olharam melhor o livro e lembraram-se dos belos momentos que tinham passado a lê-lo. E o desejo do livro tornou-se realidade: voltou a ser lido!

 

Raquel Choça - 5º2

Ana Ribeiro – 5º2

Gonçalo Vieira - 5º2

Rui Pedro Santos - 5º2


publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Quarta-feira, 19 Maio , 2010, 22:50

Imagine-se um jardim onde em vez de flores nascessem livros.

Pois bem, a escrita aliada ao seu inseparável instrumento, o pensamento, não conhece impossíveis e, por isso mesmo, o que não vemos como provável no mundo das nossas coisas concretas, nas do pensamento, elas não só são possíveis como também se transformam em concretas. É assim que nascem as histórias. Nelas tudo pode acontecer ou não fosse a imaginação um idílio perfeito para que coisas “estranhas” tenham formas, vida e por imperativo dos seus criadores façam parte da vida de qualquer um, pelo menos daqueles que o desejarem.

Os livros, exímios contadores de histórias, ainda que não falantes, transferem através das palavras mundos de coisas impossíveis que, à luz da fantasia, preenchem pequenos espaços que a realidade não consegue, e neles, nos espaços de fantasia, vamos encontrar múltiplas respostas expressas nas entre linhas de uma boa história, aninhada, a história, em pequenos folhas de papel que juntas se transformarão num bom desígnio, um livro.

O livro que acabei de ler é disso exemplo. Intitulado “ O canteiro dos livros” de José Jorge Letria, da Texto Editores, estabelece entre os dois mundos, o real e o da fantasia, a verdadeira razão de ser de um livro e o que ele pode significar na nossa vida.

Nesta história, para além da sua importância, os livros têm especial atenção pela forma como se apresentam ao Francisco, personagem principal, e a quem os livros aparecem como se de flores se tratasse. “ (…) No canteiro das hortênsias, tinham começado a sair da terra mole pedaços de folhas com palavras impressas e mesmo com algumas lombadas de livros…” (Letria 2006:5)

Apesar do inicial embaraço, Francisco vai perceber através do duende, que entretanto surge por entre as hortênsias, a razão dos livros irem parar ao seu jardim. O seu tio, dono daqueles livros antes de morrer desejou que todos os seus livros ficassem com ele (Francisco). Caso a impossibilidade o obrigasse a recusar, então deveria escolher os que mais lhe agradassem, ficar com eles e dar os outros a instituições, como prisões, hospitais, escolas ou a outros meninos.

Se ficasse com eles, mais tarde, quando fosse “velhinho” e com a ajuda de quem de direito, podia construir uma biblioteca e dar-lhe-ia o nome do seu tio (Bernardo).

O “canteiro dos livros” para além de uma excelente história, é para os mais pequenos, (não só mas principalmente) uma preciosa ajuda para reflexão sobre os livros e a leitura.

Embora ficcionada, esta história alerta-nos para a importância dos livros e para o cuidado que devemos ter com eles, para que de mão em mão, possam passar e transmitir os seus segredos e ao descobri-los, os leitores possam transportar para qualquer lado a riqueza emanada desses tesouros, o conhecimento.

Esta história evidencia uma grande verdade, aquela que o Francisco descobriu e que fez questão de a partilhar:

“Se eu um dia quiser tornar-me escritor, terei de ser, antes de mais nada, um grande leitor, porque um escritor é sempre um leitor de muitos, muitos livros, e se deixar de o ser, acabará também por deixar de escrever, mais tarde ou mais cedo.” (Letria 2006:30-31)

Absolutamente, verdade.

 

Jorge Almeida


publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Segunda-feira, 10 Maio , 2010, 22:15

    

     Às vezes, cometemos o erro de pensar que precisamos de fazer coisas geniais, extraordinariamente abrangentes, para salvar o mundo e logo desanimamos ao pensar que isso está fora do nosso alcance (as inovações são para os génios!). Pois eu penso que não é esse o caminho certo. Creio que as grandes obras resultam do somatório articulado, persistente e sistemático de coisas simples, de pequenos gestos e atitudes do dia-a-dia, bem à nossa dimensão, à nossa pequenez, e resultantes da nossa convicção, empenho e criatividade, que cada um procura desenvolver ao máximo para criar um futuro mais risonho, não apenas o seu, mas o de uma sociedade na qual está inserido.

     E, nesta linha de pensamento, surgiu na vitrina da minha memória um livro que já li há algum tempo, mas que fui buscar à estante para reler. Bom sinal, pois muitos livros se lêem, mas poucos se relêem, na minha opinião. Eu reli: “A Maior Flor do Mundo”, de José Saramago. E confesso que o achei ainda mais delicioso, desta vez. Talvez porque já conhecia a história e fiquei mais disponível e atenta a outros pormenores. Talvez porque tive hipótese de estabelecer novos diálogos com o texto, de preencher mais espaços em branco… Ou, talvez, porque, como diz André Maurois, “A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde.” E a minha alma respondia a cada passagem, a cada palavra, a cada espaço em branco. Achei o livro fantástico!

     Começa, assim, o autor: “As histórias para crianças devem ser escritas com palavras muito simples, porque as crianças, sendo pequenas, sabem poucas palavras e não gostam de usá-las complicadas. Quem me dera saber escrever essas histórias, mas nunca fui capaz de aprender e tenho pena. Além de ser preciso escolher as palavras, faz falta um certo jeito de contar…”. Pois eu acho que Saramago escolheu, com mestria, as palavras e deu provas de um jeito fascinante de contar essas histórias.

     Fala de um menino que salta de “árvore em árvore como um pintassilgo” e se dedica “à vagarosa brincadeira que o tempo alto, longo e profundo da infância a todos nós permitiu…” E eu habitei, por momentos, a minha infância…

     E, nesta inebriante felicidade e liberdade, o menino andou, andou, por caminhos sem fim, até que chegou ao cimo de uma imensa encosta, onde só havia uma flor. “Mas tão caída, tão murcha, que o menino se achegou de cansado.”

     Bem, o que se passa daqui para a frente eu não vou contar, até porque perderia toda a beleza, só lendo… O autor passa da prosa à prosa poética, de novo volta à prosa, mas cada palavra, cada expressão desperta múltiplas sensações, emoções, e dá provas de uma singular arte de escrever. A história é muito curta, mas a lição é GRANDE.

     E termina desta forma: “Quem sabe se um dia virei a ler outra vez esta história, escrita por ti que me lês, mas muito mais bonita?...”

     Não resisto em citar o que está na contra-capa do livro e que achei provocatório (bem ao jeito de Saramago), mas fantástico: “E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”

     Mas, afinal, o que tem a ver este livro com o assunto inicial? Por que razão apareceu ele no fio da meu pensamento?

     Leiam-no e descobrirão facilmente porquê.

 

    Lídia Valadares


publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Terça-feira, 04 Maio , 2010, 23:30

 

O livro que ando a ler é “Homenagem a Albert Uderzo”, o escritor dos livros Astérix.

Este livro surgiu devido ao octogésimo aniversário de Albert Uderzo. A sua filha, Sylvie Uderzo, e os seus irmãos pensaram em criar um álbum-homenagem, para felicitar o seu pai e, ao mesmo tempo, para poder ser lido por toda a gente. “Não vai ser tarefa fácil, devido à vasta obra que o nosso pai e Réne Goscinny criaram.” - pensaram eles. Mas conseguiram. Encontraram os melhores desenhadores e, assim, criaram mais um fantástico e inédito livro que, na minha opinião, deve ser lido por todos os fãs de Astérix, não só pelos fãs, mas, principalmente, por estes, pois são os únicos capazes de perceber algumas das piadas e das brincadeiras que os escritores criam com as personagens desta fantástica banda desenhada: sessenta pranchas de BD, que contam sessenta pequenas histórias de Astérix e Obélix.

 

Nuno Carvalho S. Meneses 8º1


publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Sábado, 01 Maio , 2010, 23:59

Amor-perfeito

 

Domingo é Dia da Mãe

E eu quero surpreendê-la

Logo pela manhã, ao vê-la,

E mostrar-lhe o meu amor

Entre gestos e enleios,

Com pureza e sem rodeios.

 

Já lhe comprei um livrinho

Que ela gostava de ler

E que eu fiquei a saber

Nas conversas de nós duas sobre leituras,

Momentos de cumplicidade e carinho,

De partilhas e tonturas, que loucuras!...

 

Mas também quero dar-lhe uma flor.

 

Entro na florista e anuncio com ardor:

- Queria uma flor para a minha mãe!

- Talvez uma rosa vermelha ou amarela...

- Não, não é uma flor para ela,

A rosa tem muitos espinhos

E minha mãe não os quer nos meus caminhos.

- Se calhar, uma açucena doce e perfumada...

- Também não, é bastante insegura e algo desmaiada.

- Bom, e as violetas? São flores selectas!

- Não, essas não! Parecem-me tristes e obsoletas.

Então, a florista diz, com voz agastada:

- Já não sei que flor possa ser adequada!

E eu disparo num lampejo, num segundo:

- Para a minha mãe,

Com todo o amor dentro do seu peito,

Um amor ímpar, assim tão profundo,

Só poderá ser um Amor-perfeito!

 

Lídia Valadares


publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Sábado, 01 Maio , 2010, 23:58

 

Para ti, mãe!

 

É teu sorriso fonte de luz,

Em teu carinho me fortaleço.

És mãe, estrela que me conduz,

Recebe com amor o meu apreço.

 

Com tua vida, a minha geraste,

E sempre com muito amor.

De mim sempre cuidaste,

Como quem cuida de uma flor.

 

Com meiguice e com doçura,

Embalaste o meu adormecer.

E, na paz da tua ternura,

Me ensinaste e ensinas a viver.

 

Mãe, mão amiga e generosa,

Amparo, aconchego e amor.

És uma bênção preciosa,

Dada por Deus Nosso Senhor.

 

Muitos beijos e muito afeição,

Recebe mãe neste teu dia.

São palavras ditas com o coração,

Daquele que sem ti nada seria.

 

Jorge Almeida


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“O prazer de ler e de escrever não é um acto solitário, é uma forma de entrar em relação com o outro, de partilhar uma paixão.” Cláudia Freitas, Leituras Cruzadas
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