Carlos Fiolhais
Desta vez, não é de um livro que eu venho falar, mas de um artigo que li na revista “Notícias Magazine”, do Jornal de Notícias de 14 de Março de 2010 – uma entrevista a Carlos Fiolhais, director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (pp. 22 –27). Após a leitura desta entrevista, achei que o tema tinha a ver com o nosso “Ponto de Encontro”. Porquê? Porque fala de livros, de uma fabulosa biblioteca, a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra e de alguém que a considera como “uma arca de tesouros, um rico legado da história, um sítio onde se preserva a memória.” Quanto aos livros, Carlos Fiolhais afirma: “Quando me perguntarem o que fiz pela minha cidade, pelo meu país, pela minha civilização, poderei dizer: “Guardei livros”. Vivo bem rodeado por eles. Devo ter caído num caldeirão de livros quando era pequenino…”
Como não seria pertinente transcrever toda a entrevista (que achei muito interessante), deixo-vos algumas passagens que me pareceram merecedoras de destaque. Como nota introdutória à entrevista e referência ao entrevistado, aparece o seguinte texto: “Não sabe em que caldeirão caiu quando era pequenino, mas deve ter caído em vários: o dos livros, o da curiosidade, o do bom humor, o do optimismo. Só assim se explica que este físico, director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, nos faça perder as noções de tempo e espaço estabelecidas por Einstein, quando nos pomos à conversa com ele.”
É, de facto, uma personalidade interessante, este homem que tão bem sabe conciliar a ciência, a cultura, os livros, com o humor e o optimismo e transformar a sua notável competência enciclopédica num discurso aliciante e acessível. Como referências do seu percurso de vida, indica Einstein e Rómulo de Carvalho.
Sobre a Biblioteca Joanina (assim denominada porque foi mandada construir por D. João V), é destacada a inscrição que se encontra à entrada “Esta é a coroa que orna a testa da cidade.”
Lídia Valadares