publicado por Cidália Loureiro e Lídia Valadares | Sábado, 13 Fevereiro , 2010, 22:19
“Os bons pais dão informação, os pais brilhantes contam histórias.”
“Este hábito dos pais brilhantes contribui para desenvolver criatividade, espírito inventivo, perspicácia, raciocínio esquemático, capacidade de encontrar soluções em situações tensas.”
“Os bons pais são uma enciclopédia de informações, os pais brilhantes são agradáveis contadores de histórias. São criativos, perspicazes, capazes de extrair das coisas mais simples belíssimas lições de vida.”
“Contar histórias amplia o mundo das ideias, areja a emoção, dilui as tensões.”
Augusto Cury, Pais Brilhantes, Professores Fascinantes(pp 48,49),Pergaminho
“Os bons professores são mestres temporários, os professores fascinantes são mestres inesquecíveis”
“Este hábito dos professores fascinantes contribui para desenvolver: sabedoria, sensibilidade, afectividade, serenidade, amor pela vida, capacidade de falar ao coração, de influenciar pessoas.” (Augusto Cury, Pais Brilhantes, Professores Fascinantes p.74).
“Ser contador de histórias
Objectivos desta técnica: desenvolver a criatividade, educar a emoção, estimular a sabedoria, aumentar a capacidade de solução em situações de tensão, enriquecer a socialização.”
“ Educar é contar histórias. Contar histórias é transformar a vida na brincadeira mais séria da sociedade. A vida envolve perdas e problemas, mas deve ser vivida com optimismo, esperança e alegria. Pais e professores devem dançar a valsa da vida como contadores de histórias. (Augusto Cury, Pais Brilhantes, Professores Fascinantes p.132).
“Homenagem aos professores
Em nome de todos os alunos do mundo, queremos agradecer todo o amor com que trataram até hoje a educação. Muitos de vocês passaram os melhores anos da vossa vida, alguns até adoeceram, nessa árdua tarefa.
O sistema social não vos valoriza na proporção da vossa grandeza, mas tenham a certeza de que, sem vocês, a sociedade não tem horizonte, as nossas noites não têm estrelas, a nossa alma não tem saúde, a nossa emoção não tem alegria.
Agradecemos o vosso amor, sabedoria, lágrimas, criatividade e perspicácia, dentro e fora da sala de aula. O mundo pode não vos aplaudir, mas o conhecimento mais lúcido da ciência tem de reconhecer que vocês são os profissionais mais importantes da sociedade.” (Augusto Cury, Pais Brilhantes, Professores Fascinantes pp 168/169).
“Homenagem aos pais
Em nome de todos os filhos do mundo, agradeço a todos os pais por tudo o que fizeram por nós. Obrigado pelos vossos conselhos, carinho reprimendas, beijos. O amor levou-nos a correr todos os riscos do mundo por nossa causa. Vocês não deram tudo o que queriam a cada filho, mas deram tudo o que tinham.” (Augusto Cury, Pais Brilhantes, Professores Fascinantes p. 169).
Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, de Augusto Cury – um livro para ler, reler, pensar e repensar a arte de educar.
Lídia Valadares
Livros para ler em família
HISTÓRIAS ESCRITAS NA CARA
Isabel Zambujal
Este livro fala-nos de histórias de vida que o tempo vai deixando gravadas nos rostos de cada um, das valiosas bibliotecas que são as avós, tantos são os livros que as páginas das suas vidas já escreveram e que estão prontos para ser lidos, contados, ouvidos…
“As histórias preferidas da Clara eram as que estavam escritas no rosto da avó: por linhas curtas ou compridas, pequenos sinais instalados na ponta do nariz ou pela cicatriz que dava à Dona Joaquina um ar de eterna traquinas.
As rugas das boas memórias faziam-na sorrir. As outras, que contavam histórias tristes, eram acariciadas com creme para ficarem serenas.
Mas havia uma ruga zangada que a avó Joaquina não queria que desaparecesse…” (Isabel Zambujal, Histórias escritas na cara, in contracapa)
“Cada avó é um livro de contos”
A MENINA QUE SORRIA A DORMIR
Isabel Zambujal
Conta-nos a história de uma menina, a Glória, que vivia numa aldeia pequena e com poucos habitantes. Era uma menina igual a tantas outras, mas tinha uma dificuldade: não conseguia dormir sem ser embalada por histórias. Quando alguém parava de contar a história, fosse a que horas fosse, a menina abria imediatamente os olhos e dizia, sorridente: “- E depois, e depois?”. Ora, apesar de amor de mãe ser infinito, não há mãe que aguente noites inteiras e seguidas a contar histórias. Então, todos os habitantes da aldeia, num verdadeiro espírito solidário, cooperativo e comunitário, contribuíram para que a Glória tivesse um sono feliz e descansado, ou seja, seguindo uma escala elaborada pela professora daquele local, cada habitante, várias vezes por mês, passava a noite acordado a contar histórias à menina.
Só que esta situação estava a tornar-se insustentável para os habitantes da aldeia que, apesar de gostarem muito da menina, começavam a sentir o peso do cansaço acumulado de muitas noites em branco. Até que, um dia, Glória recebeu do pai um presente especial: uma caixinha e, no seu interior, uma menina que parecia uma princesa, deitada sobre um montinho de algodão branco e fofo como as nuvens. O bilhete que a acompanhava explicava que era uma “Fadinha de Olhos Fechados” e que a tinha descoberto num lugar onde as pessoas dormem a ouvir histórias, só que ninguém precisa de ficar acordado, pois todos os habitantes
têm uma “Fadinha de Olhos Fechados a viver dentro da sua almofada. A Fadinha gosta de passar as noites a sussurrar histórias ao ouvido de quem dorme. A essas histórias chamam-lhes sonhos.” (p. 34).
O que aconteceu em seguida? Ah, isso eu não conto! Leiam o livro e deliciem-se.
Este livro fez-me lembrar um provérbio africano que diz o seguinte: “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança.” Quanta verdade e sabedoria ele encerra! Não tenhamos dúvidas de que é preciso uma “aldeia inteira”, ou seja, toda a Comunidade, para educar uma criança: Família, Escola, Sociedade, devem congregar esforços e articular estratégias, em prol da educação dos seus jovens. O resultado será compensador, altamente gratificante, como espelha esta história.
E, para finalizar, só queria expressar um desejo: Que nunca deixemos de ouvir o sussurrar da nossa “Fadinha de Olhos Fechados” e nunca percamos a capacidade de sonhar e, até, de envolver os outros nos nossos sonhos, pois se alguns são pessoais, muitos outros poderão ser colectivos e abranger a nossa “ALDEIA”.
Lídia Valadares